Tensões geopolíticas, expectativas de inflação em alta, os bancos centrais globais estão a correr atrás do ouro. Os EUA possuem uma reserva de 8.133 toneladas, quase 5.000 toneladas a mais do que a Alemanha, que ocupa o segundo lugar — o que está por trás disso?
A verdade sobre os Top 5 de reservas de ouro: EUA (8.133 toneladas) > Alemanha (3.355 toneladas) > Itália (2.452 toneladas) > França (2.436 toneladas) > Rússia (2.332 toneladas).
Parece uma classificação simples, mas na verdade reflete a luta pelo poder económico entre as grandes potências —
Por que os EUA conseguem acumular tanto? Após a Segunda Guerra Mundial, sob o sistema de Bretton Woods, o dólar estava atrelado ao ouro, e os EUA aproveitaram para acumular reservas. Ainda hoje mantêm uma vantagem absoluta, apesar de muitos especialistas questionarem a pureza de algumas dessas reservas (suspeitas de ouro de baixa qualidade ou de origem duvidosa durante a Guerra Fria).
Por que a Rússia de repente começou a reforçar suas reservas? Em 2019, ultrapassou a China e passou a ocupar o quinto lugar, numa estratégia de Putin de mais de uma década — para evitar riscos de sanções em dólares. Após a guerra na Ucrânia, o rublo desvalorizou-se, tornando as reservas de ouro ainda mais essenciais.
O enigma do ouro na China: o governo anuncia cerca de 2.010 toneladas, mas há pouca transparência nas informações. De um país de grandes minas de ouro, a China se tornou uma grande reserva, embora os números reais possam estar bastante subestimados.
O papel do Reino Unido como “armazém de ouro”: Londres mantém reservas de ouro de vários países, funcionando como um intermediário entre bancos centrais. Mas países como a Venezuela tentaram recuperar seu ouro, sendo recusados, e a Romênia também pediu a devolução — tudo por razões políticas.
A lógica subjacente é clara: a hegemonia do dólar tem fissuras, e o ouro valoriza-se. Quem possui mais ouro tem maior poder de definição de preços.
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O segredo do ouro dos bancos centrais globais: por que todos os países estão acumulando ouro?
Tensões geopolíticas, expectativas de inflação em alta, os bancos centrais globais estão a correr atrás do ouro. Os EUA possuem uma reserva de 8.133 toneladas, quase 5.000 toneladas a mais do que a Alemanha, que ocupa o segundo lugar — o que está por trás disso?
A verdade sobre os Top 5 de reservas de ouro: EUA (8.133 toneladas) > Alemanha (3.355 toneladas) > Itália (2.452 toneladas) > França (2.436 toneladas) > Rússia (2.332 toneladas).
Parece uma classificação simples, mas na verdade reflete a luta pelo poder económico entre as grandes potências —
Por que os EUA conseguem acumular tanto? Após a Segunda Guerra Mundial, sob o sistema de Bretton Woods, o dólar estava atrelado ao ouro, e os EUA aproveitaram para acumular reservas. Ainda hoje mantêm uma vantagem absoluta, apesar de muitos especialistas questionarem a pureza de algumas dessas reservas (suspeitas de ouro de baixa qualidade ou de origem duvidosa durante a Guerra Fria).
Por que a Rússia de repente começou a reforçar suas reservas? Em 2019, ultrapassou a China e passou a ocupar o quinto lugar, numa estratégia de Putin de mais de uma década — para evitar riscos de sanções em dólares. Após a guerra na Ucrânia, o rublo desvalorizou-se, tornando as reservas de ouro ainda mais essenciais.
O enigma do ouro na China: o governo anuncia cerca de 2.010 toneladas, mas há pouca transparência nas informações. De um país de grandes minas de ouro, a China se tornou uma grande reserva, embora os números reais possam estar bastante subestimados.
O papel do Reino Unido como “armazém de ouro”: Londres mantém reservas de ouro de vários países, funcionando como um intermediário entre bancos centrais. Mas países como a Venezuela tentaram recuperar seu ouro, sendo recusados, e a Romênia também pediu a devolução — tudo por razões políticas.
A lógica subjacente é clara: a hegemonia do dólar tem fissuras, e o ouro valoriza-se. Quem possui mais ouro tem maior poder de definição de preços.