
Um bounty é uma recompensa atribuída pela execução de uma tarefa específica.
No setor cripto, os projetos recrutam frequentemente colaboradores de forma pública para tarefas concretas, oferecendo recompensas em tokens ou stablecoins a quem cumprir os requisitos. Os tipos mais comuns de bounties incluem bug bounties (relato de vulnerabilidades de segurança), tarefas em testnet (testar funcionalidades num ambiente simulado, sem fundos reais) e criação de conteúdos ou promoção comunitária (elaboração de guias, produção de vídeos, organização de eventos). Os bounties permitem aos projetos externalizar tarefas de segurança e crescimento para uma comunidade mais ampla, reduzindo custos e proporcionando incentivos reais aos participantes.
Os bounties oferecem uma via clara e acessível para participar em Web3 e obter rendimentos ou recompensas em tokens.
Para programadores, os bug bounties são uma oportunidade para testar e desenvolver competências em segurança. Para utilizadores em geral, as tarefas em testnet e os bounties de conteúdos proporcionam uma abordagem prática para conhecer novos projetos, ganhar experiência e receber tokens. Para os projetos, os bounties reforçam a segurança do código, ampliam a base de utilizadores e aumentam a notoriedade da marca — tudo isto com custos relativamente reduzidos.
É igualmente essencial compreender os riscos. Algumas tarefas podem exigir autorização de uma wallet ou o envio de dados pessoais, expondo a riscos de phishing e privacidade; programas de bounties desorganizados podem atrasar ou alterar a distribuição das recompensas. Para mitigar riscos, utilize canais oficiais, mantenha registos e, sempre que possível, participe com uma wallet nova.
O processo habitual é: publicação das regras → execução das tarefas → submissão dos resultados → revisão e distribuição das recompensas.
Os bug bounties centram-se em questões de segurança. Os projetos anunciam o âmbito e os montantes das recompensas em plataformas ou nos respetivos sites. Os investigadores realizam testes conforme os parâmetros definidos, submetem relatórios de vulnerabilidades e recebem pagamentos de acordo com a gravidade das descobertas. As tarefas em testnet funcionam como “ensaios sandbox”, em que os utilizadores seguem etapas para interagir com funcionalidades, fornecer feedback ou executar ações on-chain — recebendo, depois, recompensas pré-definidas ou entradas em sorteios. Os bounties de conteúdos e comunidade exigem, geralmente, originalidade, métricas de alcance e fontes devidamente identificadas.
As recompensas são habitualmente pagas em tokens ou stablecoins. Stablecoins, indexadas a moedas fiduciárias, simplificam a avaliação e liquidação; pagamentos em tokens alinham os incentivos com o ecossistema do projeto. Alguns projetos recorrem a wallets multisig ou plataformas terceiras para custodiar as recompensas, libertando-as em lotes após aprovação, evitando assim pagamentos em falta.
Os bounties são mais frequentes em três áreas: segurança, testes de produto e crescimento/marketing.
No domínio da segurança, protocolos DeFi e cross-chain bridges promovem programas de bug bounty, incentivando white hats a identificar e reportar vulnerabilidades de acordo com as diretrizes, com recompensas elevadas para descobertas críticas. Esta abordagem proativa permite identificar riscos atempadamente e evitar perdas significativas.
Em testes de produto, os projetos lançam tarefas em testnet como “desplegar um smart contract, enviar uma transação, submeter feedback”. Ao completar um determinado número ou qualidade de tarefas, os participantes recebem recompensas ou tornam-se elegíveis para futuros airdrops. Como as testnets não utilizam fundos reais, permitem experimentação segura e recolha de dados antes do lançamento em mainnet.
No crescimento e marketing, as comunidades publicam bounties para criação de conteúdos, tradução, tutoriais, organização de eventos, entre outros. Em exchanges como a Gate, o centro de atividades lista tarefas como completar depósitos/negociações como novo utilizador, participar em eventos de liquidez ou interagir com NFTs — todas recompensadas com vouchers da plataforma ou tokens, de acordo com regras claras. Estes são exemplos clássicos de modelos bounty “work-for-reward”.
Passo 1: Avalie as suas competências e objetivos.
Se tem competências em programação e segurança, opte por bug bounties. Se prefere conteúdos ou operações, escolha tutoriais, vídeos ou atividades comunitárias. Iniciantes podem começar por tarefas em testnet.
Passo 2: Encontre pontos de entrada oficiais e verifique os links.
Utilize sempre fontes oficiais — sites dos projetos, contas oficiais de Twitter, anúncios em Discord ou Telegram. Por exemplo, no site da Gate, aceda ao centro de atividades/tarefas. Evite ligar a sua wallet em sites desconhecidos.
Passo 3: Leia atentamente as regras e os requisitos de submissão.
Verifique o âmbito da tarefa, prazos, montantes das recompensas, critérios de avaliação, requisitos de KYC (know your customer) e eventuais restrições regionais. Guarde capturas de ecrã das regras como prova em caso de litígio.
Passo 4: Execute as tarefas e mantenha provas.
Para ações on-chain, guarde hashes de transação e capturas de ecrã. Para trabalhos de conteúdo, conserve os ficheiros originais, bem como os registos de data/hora e métricas de envolvimento. Para relatórios de bugs, documente os passos de reprodução e avalie o impacto.
Passo 5: Submeta os resultados e acompanhe as revisões.
Submeta através da plataforma ou dos formulários indicados e forneça contactos (como email ou GitHub). Se forem solicitados materiais adicionais, responda prontamente — evite duplicar submissões.
Passo 6: Recolha a sua recompensa e mantenha a segurança da conta e os registos fiscais.
Após o pagamento, confirme o montante e a rede blockchain. Use wallets novas ou permissões restritas para evitar “aprovações ilimitadas”. Guarde os registos conforme exigido pela sua jurisdição; consulte um consultor fiscal se necessário.
No último ano, os programas de bug bounty registaram um crescimento expressivo — os projetos estão dispostos a definir tetos muito mais elevados para vulnerabilidades críticas.
Em Q3 2025, a Immunefi (plataforma líder em bug bounty) reportou mais de 100 milhões $ pagos em bug bounties; os principais protocolos oferecem atualmente recompensas únicas entre 1 milhão $ e 10 milhões $. A externalização dos custos dos incidentes de segurança levou ao aumento dos orçamentos de bounties e a uma maior participação de white hats.
Nos últimos seis meses, os bounties baseados em tarefas têm privilegiado pagamentos em stablecoins. Pequenas tarefas de conteúdo ou testnet pagam normalmente entre 5 $–50 $; tarefas de desenvolvimento ou técnicas avançadas pagam entre 500 $–10 000 $ — permitindo controlo orçamental rigoroso e fácil conversão para os projetos. Prazos e montantes claros facilitam a avaliação do esforço face à recompensa para novos participantes.
Em comparação com o ano de 2024, as plataformas de bounties e os projetos destacam agora “limites de compliance, revisões transparentes e pagamentos em lote”. Esta evolução reflete maior foco do mercado na conformidade e na confiança do utilizador — reduzir disputas e pagamentos em atraso tornou-se consenso no setor.
Nota de fonte: Os intervalos acima agregam páginas públicas de plataformas e resumos anuais de 2024 até H1/H2 2025; consulte sempre os anúncios oficiais atuais para detalhes específicos.
Ambos podem distribuir tokens, mas seguem lógicas distintas.
Os bounties exigem que “complete tarefas específicas primeiro, depois reclame a recompensa segundo as regras”, focando-se em contributos mensuráveis. Os airdrops consistem numa “distribuição massiva baseada em ações ou saldos históricos”, normalmente sem submissões individuais. Os bounties envolvem revisão e podem ser recusados; os airdrops são, na maioria, automáticos, mas sujeitos a alterações de regras.
Para os participantes, os bounties são adequados a quem possui competências ou tempo disponível — oferecem retornos relativamente estáveis pelo esforço investido. Os airdrops dependem da participação precoce ou do histórico de posse e comportam maior incerteza. Em matéria de segurança, os bounties requerem frequentemente ligação de wallet e envio de ficheiros — verifique sempre links oficiais e permissões; airdrops apresentam sobretudo riscos de phishing ou tokens falsos.
Tradicionalmente, “bounty hunter” designa quem localiza fugitivos para as autoridades. No contexto cripto, bounty refere-se a recompensas patrocinadas por projetos pela execução de tarefas específicas (como identificar bugs ou promover o projeto). Embora ambos utilizem o termo “bounty”, em cripto trata-se de um mecanismo de incentivo à contribuição da comunidade em troca de tokens ou recompensas monetárias.
A maioria dos bounties cripto não exige custos iniciais. Seleciona tarefas (como auditoria de código, promoção nas redes sociais, criação de conteúdos) de acordo com as suas competências e recebe recompensas do projeto após a conclusão. Contudo, alguns bounties podem requerer um depósito antes do início — leia sempre atentamente as regras antes de participar.
Os riscos mais comuns incluem: abandono do projeto com recompensas não pagas, fraudes por projetos falsos, subestimação da dificuldade da tarefa e desperdício de tempo. Utilize plataformas de reputação reconhecida (como a secção de bounties da Gate), verifique o histórico de cumprimento dos projetos e confirme os contactos oficiais. Nunca pague taxas antecipadas; desconfie de promessas demasiado vantajosas.
Os bounties proporcionam flexibilidade — pode participar em vários projetos em simultâneo, com potencial de valorização dos tokens. As desvantagens incluem instabilidade de rendimento e necessidade de autogestão. Se possui competências especializadas (como auditoria de segurança) e tempo disponível, os bounties podem gerar retornos superiores, mas devem ser encarados como rendimento complementar, não principal.
Pode identificar oportunidades de bounty através de:
Ao selecionar tarefas, pesquise o histórico dos projetos, consulte feedback de participantes anteriores e confirme os métodos de distribuição das recompensas. Priorize projetos já listados em exchanges de referência para menor risco.


