
Uma carteira Ethereum Virtual Machine (EVM) permite-lhe gerir contas, assinar transações e executar operações on-chain em várias redes compatíveis com EVM, utilizando apenas um conjunto de chaves. Funciona como uma “extensão múltipla” que facilita a alternância entre Ethereum e blockchains semelhantes de forma fluida.
A Ethereum Virtual Machine (EVM) atua como um motor universal, permitindo que smart contracts sejam executados sob as mesmas regras em diferentes blockchains. Desde que a blockchain siga o padrão EVM, a sua carteira EVM pode enviar e receber ativos, ligar-se a aplicações descentralizadas (DApps) e interagir com a rede — sem necessidade de alterar o formato do endereço.
O elemento central de uma carteira EVM é a chave privada. Esta chave serve de chave-mestra única; quem a possui controla os fundos. O endereço da carteira resulta da chave privada e é utilizado para receber pagamentos e identificar a conta. Uma frase mnemónica constitui uma cópia de segurança legível da sua chave privada — funcionando, na prática, como a versão física da chave-mestra.
Cada transação numa rede EVM exige o pagamento de taxas de gás. O gás corresponde a uma “taxa de processamento de rede”, remunerando os participantes que processam as transações. Cada rede utiliza o seu token nativo para o pagamento do gás — assim, em qualquer rede EVM, necessita da respetiva moeda nativa.
As carteiras EVM alternam entre redes através de Chain IDs e endpoints RPC. O Chain ID identifica a rede, evitando o envio de transações para a cadeia errada. Os endpoints RPC funcionam como portas de acesso que conectam a sua carteira aos nós da blockchain.
Ao clicar em “Confirmar”, a carteira utiliza a sua chave privada para assinar transações ou mensagens. A rede valida essa assinatura antes de executar qualquer ação. Existem dois tipos de assinatura: “assinatura de mensagem” (prova de identidade sem movimentação de fundos) e “assinatura de transação” (autoriza transferências ou permissões).
Com uma carteira EVM, pode enviar e receber tokens, participar em atividades DeFi como swaps e empréstimos, criar e transferir NFTs, aceder a jogos e aplicações sociais baseadas em blockchain, e gerir ativos e permissões em múltiplas redes.
No contexto multi-chain, as carteiras EVM suportam a rede principal Ethereum, redes layer-2 como Arbitrum, Optimism, Base e outras cadeias compatíveis. Ao alternar entre redes, o seu endereço de carteira mantém-se, mas o token de gás e as DApps disponíveis variam consoante a rede selecionada.
Para gestão de ativos, pode visualizar saldos de tokens em várias redes, acompanhar NFTs, consultar o histórico de transações, exportar códigos QR de pagamento e definir contactos frequentes para transferências. Se pretende participar em airdrops ou tarefas interativas, uma carteira EVM é quase indispensável.
Passo 1: Instalação e criação. Escolha uma aplicação de carteira de confiança (extensão de navegador ou app móvel). Crie a carteira num ambiente offline e gere a sua frase mnemónica. Considere a frase mnemónica como prova total de propriedade — nunca a fotografe nem a guarde online.
Passo 2: Cópia de segurança segura. Escreva duas cópias da frase mnemónica em material resistente à água e ao fogo, guardando-as em locais distintos e seguros. Defina uma palavra-passe forte, ative a autenticação biométrica e os alertas anti-phishing.
Passo 3: Adicionar redes. Nas definições da carteira, adicione as cadeias EVM pretendidas. Confirme que o Chain ID e a origem do RPC são oficiais — nunca utilize nós personalizados de terceiros desconhecidos.
Passo 4: Preparar gás. Transfira uma pequena quantia do token nativo da rede a partir da Gate para o endereço da sua carteira, para pagar futuras taxas de transação. Teste primeiro com um pequeno depósito; depois de confirmado, transfira valores superiores.
Passo 5: Testar com pequenas transações. Realize uma pequena transferência ou swap para se familiarizar com a assinatura, cálculo de taxas e verificação do estado da transação antes de aumentar o valor das operações.
Ligar uma carteira EVM a uma DApp envolve normalmente três etapas: “Ligar conta”, “Autorizar permissões” e “Executar transações”. A ligação apenas revela o seu endereço; a autorização define a que tokens a aplicação pode aceder; a execução movimenta os ativos.
Passo 1: Abrir o ponto de entrada. No site oficial da DApp, clique em “Ligar carteira” e selecione injeção no navegador ou WalletConnect. Confirme que o domínio e a rede solicitada correspondem às suas expectativas.
Passo 2: Rever autorizações. Ao interagir com tokens, as DApps podem solicitar “autorizações de gastos”. Autorize apenas o valor mínimo necessário em cada sessão, evitando aprovações ilimitadas; note que a autorização também implica taxas de gás.
Passo 3: Confirmar transações. Verifique cuidadosamente o endereço de destino, tipo de token, montante e limites de gás antes de assinar e submeter. Após submeter, acompanhe o progresso através do block explorer e do hash da transação.
O dashboard Web3 da Gate reúne as principais DApps EVM para pesquisa e ligação fáceis, oferecendo ferramentas para rever autorizações e ajudando novos utilizadores a evitar sites fraudulentos.
As carteiras EVM são concebidas para blockchains que seguem o padrão EVM, com formatos de endereço, assinaturas e métodos de interação com contratos consistentes em várias redes. As carteiras não-EVM (como as de Bitcoin ou blockchains autónomas) utilizam modelos contabilísticos, formatos de endereço, sistemas de taxas e interfaces DApp distintos.
Em termos contabilísticos: as redes EVM funcionam como “saldos de conta bancária”, deduzindo diretamente do total; o Bitcoin utiliza um modelo de “troco”, combinando entradas e saídas para concluir pagamentos — o que implica métodos diferentes de construção de transações e estimativa de taxas.
No ecossistema de aplicações: as carteiras EVM dão acesso a uma vasta gama de aplicações DeFi e NFT baseadas em Ethereum; carteiras não-EVM requerem ferramentas dedicadas para as respetivas redes. Em algumas redes não-EVM, os algoritmos de assinatura, formatos de mensagem e mecanismos de autorização diferem dos padrões EVM — o que impossibilita a interoperabilidade direta.
Os principais riscos incluem fuga de mnemónicas, sites de phishing, permissões maliciosas, endpoints RPC falsos e links fraudulentos de airdrop. Quem tiver acesso à sua mnemónica ou chave privada pode esgotar os seus fundos de imediato.
Melhor prática #1: Guarde as mnemónicas apenas offline. Nunca as mantenha em álbuns de fotografias, clouds ou aplicações de mensagens; evite importar carteiras em dispositivos não fidedignos.
Melhor prática #2: Verifique os sites antes de ligar. Introduza manualmente os domínios ou utilize fontes de confiança como a Gate para aceder a aplicações; confirme erros ortográficos e certificados; nunca clique em links encurtados provenientes de redes sociais.
Melhor prática #3: Limite os valores de autorização. Aprove apenas os montantes necessários — nunca quantias ilimitadas — e reveja ou revogue regularmente permissões não utilizadas na carteira ou através de ferramentas de confiança.
Melhor prática #4: Gestão escalonada de ativos. Mantenha pequenas quantias em carteiras hot para uso diário; guarde ativos de maior valor em hardware wallets ou com configurações de multi-assinatura. Teste sempre com pequenas transferências antes de operações cross-chain para confirmar bridges e redes de destino.
Melhor prática #5: Mantenha o software atualizado e com cópias de segurança. Atualize regularmente as apps de carteira e navegadores; verifique as fontes dos ficheiros de backup e firmware para evitar manipulações.
Em 2025, o ecossistema EVM abrange as principais layer-2 de Ethereum e várias cadeias compatíveis — com milhões de utilizadores ativos (segundo estatísticas públicas de blockchain explorer). As carteiras EVM evoluem para maior usabilidade, segurança reforçada e suporte multi-chain alargado.
A account abstraction está a transformar as carteiras EVM de “wallets baseadas em chave” em “smart wallets”. Isto permite recuperação social em vez de dependência exclusiva de mnemónicas, patrocínio de terceiros ou pagamentos flexíveis de taxas de gás com diferentes tokens, operações em lote e permissões de sessão — facilitando a entrada de novos utilizadores.
As experiências multi-chain também estão a melhorar: deteção automática de Chain ID, swaps e cotações cross-chain integradas, gestão unificada de ativos e permissões numa única interface. Para compliance e controlo de risco, cada vez mais carteiras incluem bloqueio de domínios de risco, alertas de contratos e scanners de permissões — ajudando o utilizador a identificar pedidos de risco antes de agir.
No geral, as carteiras EVM continuarão a ser o gateway universal para o Web3. Para principiantes, seguir princípios básicos como “usar pontos de entrada de confiança”, “autorizações mínimas”, “custódia escalonada” e “testar com pequenas quantias” permite usufruir da conveniência multi-chain e reduzir significativamente o risco financeiro.
As carteiras EVM suportam todas as blockchains compatíveis com a Ethereum Virtual Machine — incluindo Ethereum, Polygon, Arbitrum, Optimism e outras. Estas redes funcionam de forma independente, mas utilizam os mesmos standards de smart contracts e sistemas de contas — o que significa que um endereço de carteira EVM funciona em todas. Basta alternar de rede na carteira para gerir ativos em diferentes cadeias.
Criar uma nova carteira gera um novo par de chaves privada/pública — ou seja, uma conta nova. Importar uma chave privada significa introduzir uma chave existente na carteira para recuperar ativos anteriores. Novos utilizadores devem criar uma carteira nova e salvaguardar a respetiva mnemónica em vez de importar chaves de terceiros ou fontes desconhecidas — para evitar riscos sobre os ativos.
Não. Ligar a carteira a uma DApp apenas autoriza ações específicas; as DApps nunca acedem à sua chave privada. A chave permanece sempre armazenada localmente na carteira — a ligação apenas permite à DApp solicitar assinaturas para confirmação de transações. No entanto: nunca ligue a carteira em sites desconhecidos nem conceda permissões sem cuidado para evitar transferências maliciosas de ativos.
As taxas de gás são o custo de processamento de transações em redes EVM — incentivam mineradores/validadores a executar as suas ações. Cada transação utiliza recursos da rede para computação e validação; as taxas de gás remuneram os fornecedores desses recursos. As taxas aumentam quando as redes estão congestionadas — tente transacionar em horários de menor tráfego (como durante a noite) para poupar custos.
Sim. Carteiras populares como MetaMask ou Gate permitem gestão multi-chain — o mesmo endereço de carteira é válido em todas as cadeias EVM que adicionar. Basta alternar de rede na aplicação para consultar ou movimentar ativos em cada cadeia — sem necessidade de múltiplas carteiras. Isto simplifica significativamente a gestão de ativos.


