As pessoas que compram casas estão a quebrar as regras 🏠

No mundo financeiro existe uma regra de ouro: o pagamento mensal do empréstimo imobiliário não deve exceder 28% da renda total da família. Mas agora? Os compradores de primeira habitação já ignoraram essa regra. Dados recentes mostram que a sua prestação mensal representa 40,4% da renda — um aumento de 12 pontos percentuais.

Há dez anos, em 2013, essa proporção era de apenas 23,3%. Em 2018, subiu para 26,4%. Agora, disparou para mais de 40%.

Porquê? Simples: as taxas de juro dos empréstimos hipotecários passaram de 3% no início de 2022 para atualmente 7,5%, e os preços das casas também não pararam de subir. Em 82% das cidades nos EUA, os preços das casas aumentaram, sendo que em quase 20% das regiões o aumento foi superior a 10%.

Os dados falam por si: uma casa de entrada avaliada em mais de 350 mil dólares, no ano passado tinha uma prestação mensal de 1806 dólares, este ano subiu para 2149 dólares. Um aumento de 343 dólares por mês. Com esta tendência, quem não viu o salário aumentar ao mesmo ritmo já não consegue suportar.

Curiosamente, a média das famílias americanas ainda segue as regras — gastam em média apenas 26,8% da renda no pagamento da hipoteca. Mas os compradores de primeira habitação já desistiram. Estão dispostos a quebrar a disciplina financeira para entrar no mercado. Queres dizer que é por medo de ficar de fora (FOMO) ou por desespero? Talvez ambos.