Os quenianos estão a enfrentar o seu segundo grande apagão da internet em 2025. Desta vez, a Safaricom (a maior operadora do país) cortou o acesso ao Telegram na manhã de segunda-feira, quando começaram os exames nacionais—os serviços ficaram indisponíveis durante mais de 3 horas.
Eis o contexto: o conselho de exames do Quénia sinalizou 18 canais do Telegram por divulgarem exames. No último ano, 123 professores e 10 alunos foram detidos por fraude nos exames. Por isso, o governo decidiu que a solução era… bloquear o Telegram para todos.
O padrão está a tornar-se óbvio. Não é a primeira vez. Apagões semelhantes ocorreram em 2023 e 2024 durante os períodos de exames. Além disso, o Quénia já tinha bloqueado o Telegram e o X em junho durante protestos em massa contra o aumento de impostos—a justificação do governo foi “segurança”, mas pareceu mais uma tentativa de silenciar a dissidência.
O mais curioso: a Comissão de Direitos Humanos do Quénia já tinha alertado as operadoras após os incidentes de junho. A juíza Bahati Mwamuye emitiu uma ordem judicial a proibir especificamente o corte da internet durante manifestações públicas. A comissão afirmou que qualquer limitação ou bloqueio de acesso às redes sociais poderia ser considerado desrespeito ao tribunal.
Mas aqui está o problema—a decisão de junho referia-se a protestos. O apagão dos exames? Esse é apresentado como uma “necessidade de segurança”. Assim, o governo pode, tecnicamente, argumentar que é diferente.
A verdadeira questão: Quando se normaliza o encerramento de plataformas digitais por uma razão, o precedente torna-se ambíguo. É segurança nos exames hoje, controlo político amanhã? Grupos de defesa da liberdade na internet já estão a acompanhar isto de perto.
Um utilizador do X resumiu: “Andamos a desligar o Telegram todas as épocas de exames. Tem de haver melhores formas de travar a batota do que bloquear o acesso a milhões de utilizadores inocentes.”
É difícil argumentar contra isso.
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Quénia Bloqueia o Telegram Novamente Durante os Exames—Cortes de Internet como Ferramenta de Política?
Os quenianos estão a enfrentar o seu segundo grande apagão da internet em 2025. Desta vez, a Safaricom (a maior operadora do país) cortou o acesso ao Telegram na manhã de segunda-feira, quando começaram os exames nacionais—os serviços ficaram indisponíveis durante mais de 3 horas.
Eis o contexto: o conselho de exames do Quénia sinalizou 18 canais do Telegram por divulgarem exames. No último ano, 123 professores e 10 alunos foram detidos por fraude nos exames. Por isso, o governo decidiu que a solução era… bloquear o Telegram para todos.
O padrão está a tornar-se óbvio. Não é a primeira vez. Apagões semelhantes ocorreram em 2023 e 2024 durante os períodos de exames. Além disso, o Quénia já tinha bloqueado o Telegram e o X em junho durante protestos em massa contra o aumento de impostos—a justificação do governo foi “segurança”, mas pareceu mais uma tentativa de silenciar a dissidência.
O mais curioso: a Comissão de Direitos Humanos do Quénia já tinha alertado as operadoras após os incidentes de junho. A juíza Bahati Mwamuye emitiu uma ordem judicial a proibir especificamente o corte da internet durante manifestações públicas. A comissão afirmou que qualquer limitação ou bloqueio de acesso às redes sociais poderia ser considerado desrespeito ao tribunal.
Mas aqui está o problema—a decisão de junho referia-se a protestos. O apagão dos exames? Esse é apresentado como uma “necessidade de segurança”. Assim, o governo pode, tecnicamente, argumentar que é diferente.
A verdadeira questão: Quando se normaliza o encerramento de plataformas digitais por uma razão, o precedente torna-se ambíguo. É segurança nos exames hoje, controlo político amanhã? Grupos de defesa da liberdade na internet já estão a acompanhar isto de perto.
Um utilizador do X resumiu: “Andamos a desligar o Telegram todas as épocas de exames. Tem de haver melhores formas de travar a batota do que bloquear o acesso a milhões de utilizadores inocentes.”
É difícil argumentar contra isso.