O preço da prata está a atravessar uma onda de valorização histórica. Beneficiando das expectativas de redução de taxas pelo Federal Reserve, das tensões na cadeia de abastecimento global e da inclusão oficial da prata na lista de minerais críticos dos EUA, a prata à vista em Londres ultrapassou a barreira psicológica de 60 dólares por onça em 09/12/2025, atingindo consecutivamente novos máximos até 64,6 dólares/onça. Desde o início do ano, a valorização da prata já ultrapassou 100%, superando amplamente o ouro (cerca de 40%) e o índice Nasdaq (cerca de 20%).
O UBS elevou ainda a sua previsão para 2026 para entre 58-60 dólares por onça, indicando a possibilidade de atingir 65 dólares/onça. Nesta onda de valorização, os ETFs de prata tornaram-se a ferramenta preferida de muitos investidores individuais em Taiwan, oferecendo uma entrada mais acessível e uma operação mais conveniente em comparação com a compra de barras físicas ou a participação em contratos futuros.
O que são ETFs de prata? Por que são adequados para investidores iniciantes?
Os ETFs de prata são, essencialmente, fundos de investimento que acompanham o preço da prata, permitindo aos investidores participarem das oscilações de preço sem possuir fisicamente a prata. Como ações, os ETFs de prata são negociados em bolsas de valores, com alta liquidez, podendo ser comprados e vendidos a qualquer momento.
Em comparação com a prata física, a maior vantagem dos ETFs é a “ausência de custos de armazenamento”. A prata física exige pagamento de taxas anuais de 1-5% por armazenamento em cofres ou armazéns, além de riscos de roubo, dano ou oxidação. Além disso, a diferença entre preço de compra e venda pode chegar a 5-6%, e o processo de negociação é mais trabalhoso. Por outro lado, os ETFs de prata são negociados através de contas de corretora, com custos transparentes, maior liquidez e são especialmente indicados para investidores com capital limitado ou que desejam evitar encargos de gestão.
Como funcionam os ETFs
Os ETFs de prata acompanham o desempenho do preço da prata, geralmente por duas formas: possuindo barras físicas de prata ou investindo em instrumentos derivados ligados ao preço da prata, como contratos futuros. Quando o preço da prata sobe 5%, o valor líquido do ETF teoricamente também sobe cerca de 5%; o mesmo ocorre na direção oposta. Essa relação direta faz com que os ganhos e perdas do investidor dependam totalmente da tendência do preço da prata.
Análise dos principais produtos de ETFs de prata
Os investidores taiwaneses costumam acessar cerca de 7 ETFs de prata, cada um com suas características:
Produtos que acompanham a prata física
SLV (iShares Silver Trust) é o maior ETF de prata do mundo, lançado em 2006, gerido pela BlackRock, com ativos líquidos superiores a 30 bilhões de dólares. O fundo possui prata física guardada pelo JPMorgan Chase, é de gestão passiva, com taxa de 0,50%. Segue o preço de referência da LBMA (London Bullion Market Association), tendo a maior correlação com o preço à vista, sendo ideal para investidores de longo prazo.
PSLV (Sprott Physical Silver Trust) é um fundo fechado de aproximadamente 12 bilhões de dólares, com a vantagem de permitir resgate físico (retirar a prata física). Sua taxa é de 0,62%. Contudo, deve-se ficar atento ao fato de que o preço de negociação muitas vezes se desvia do valor patrimonial devido à oferta e procura, formando prêmios ou descontos, com maior volatilidade de curto prazo.
Produtos baseados em contratos futuros
DBS (Invesco DB Silver Fund) acompanha contratos futuros de prata no COMEX, com taxa de 0,75%, indicado para investidores que desejam seguir com precisão a tendência dos futuros.
AGQ (ProShares Ultra Silver) oferece alavancagem de 2x, buscando dobrar os movimentos diários do preço da prata, com taxa de 0,95%. Deve-se tomar cuidado com o desgaste de juros compostos, sendo apenas para operações de curto prazo, não recomendável para manutenção de longo prazo.
ZSL (ProShares UltraShort Silver) oferece alavancagem inversa de -2x, adequada para quem aposta na queda da prata ou deseja fazer hedge de risco, com taxa de 0,95%, também limitada a operações de curto prazo.
Produtos relacionados à mineração
SLVP (iShares MSCI Global Silver and Metals Miners) investe em empresas globais de mineração de prata, acompanhando o MSCI Global Silver Miners Index, com taxa de 0,39%, considerada baixa na indústria. Em 2025, esse tipo de ETF de mineração valorizou 142%, muito acima do aumento de 103% do preço à vista da prata, demonstrando efeito de alavancagem. Contudo, apresenta maior volatilidade, sendo influenciado não só pelo preço da prata, mas também por riscos operacionais, custos, políticas e outros fatores ligados às empresas mineradoras.
Produtos listados em Taiwan
Futuros de prata do Taiwan Futures Exchange (00738U), criado em 2018, investe em contratos futuros de prata no COMEX, com preço de emissão de 20 TWD, seguindo o índice de retorno excedente de prata do Dow Jones, com taxa de 1%. Classificado como “alta volatilidade”, é indicado para investidores experientes.
Comparação entre prata física, ETF, futuros e ações de mineração: opções de investimento
Tipo de investimento
Vantagens
Desvantagens
Estimativa de valorização em 2025
ETF de prata
Fácil de comprar/vender, alta liquidez, sem custos de armazenamento, ideal para iniciantes entrarem e saírem rapidamente
Perda de valor devido às taxas, ausência de propriedade física, possíveis desvios de rastreamento
Aproximadamente 98-103% (após taxas)
Prata física (barra)
Propriedade real, sem risco de contraparte, maior privacidade
Custos de armazenamento elevados (1-5% ao ano), risco de roubo, baixa liquidez, prêmio de 5-6% na compra/venda
Aproximadamente 95-100% (após prêmios e custos de armazenamento)
Futuros de prata
Alavancagem elevada para amplificar retornos, possibilidade de posições longas e curtas, sem custos de armazenamento
Alto risco, amplificação de perdas, necessidade de monitoramento de rollover, altas taxas de corretagem, risco de perda total do capital
Mais de 200% (com alavancagem de 2x), porém com risco proporcionalmente maior
Ações de mineração/ETF
Efeito de alavancagem, diversificação, fácil negociação, dividendos parciais
Exposição não exclusiva à prata, maior volatilidade, riscos operacionais das empresas
Aproximadamente 142% (superior ao preço à vista, com maior risco)
Canais de compra e custos para investidores taiwaneses
Corretoras locais: seguras, mas com custos mais elevados
Através de corretoras domésticas (Fubon, Cathay, Yuanta, Mega, etc.) que executam ordens em corretoras estrangeiras.
Vantagens: reguladas pela FSC, interface em chinês, fundos permanecem em Taiwan, suporte fiscal, acessível para iniciantes
Desvantagens: taxas de corretagem mais altas, limitação de produtos negociáveis, velocidade de execução menor
Abrir conta em corretora estrangeira: custos menores, mas exige autogestão
Em plataformas como Interactive Brokers, Charles Schwab, etc.
Vantagens: taxas muito baixas (muitas isenções de comissão ou tarifas fixas), ampla gama de ativos, suporte a ferramentas avançadas
Desvantagens: interface em inglês, necessidade de gerenciar remessas internacionais e impostos (com retenção de 30% sobre dividendos de ações americanas), menor proteção legal para fundos transferidos ao exterior
Custos fiscais não podem ser ignorados
ETFs de prata listados em Taiwan (como 00738U): compra isenta de impostos, venda com imposto de 0,1%, custos mínimos.
ETFs de prata no exterior: lucros obtidos por investidores taiwaneses considerados renda no exterior, com isenção de imposto até 1 milhão de TWD anuais; acima disso, o valor total é incluído na base de cálculo do imposto de renda, com alíquota de 20% (após dedução de isenção de 7,5 milhões de TWD).
Riscos principais ao investir em ETFs de prata
1. Oscilações de preço da prata muito superiores às do ouro e do mercado de ações
Apesar de uma valorização de mais de 100% em 2025, historicamente, é comum quedas superiores a 50%, com perdas de curto prazo que podem ser assustadoras, causando pressão psicológica.
2. Desvios de rastreamento e erosão por taxas
ETFs baseados em contratos futuros podem apresentar retornos inferiores ao preço à vista devido aos custos de rollover. Os de prata física, com taxas de 0,4-0,5%, ainda assim, ao longo do tempo, podem corroer os retornos.
3. Riscos cambiais e geopolíticos
O preço da prata é influenciado por demanda industrial (energia solar, eletrônica), tensões geopolíticas, políticas monetárias, entre outros fatores imprevisíveis. ETFs no exterior requerem atenção à variação do câmbio USD/TWD.
4. Capacidade de cobertura de juros e gestão de portfólio
Investidores devem avaliar sua liquidez e endividamento (como o índice de cobertura de juros), garantindo que, após investir em ETFs de prata, ainda tenham recursos suficientes para despesas diárias e pagamento de dívidas, evitando vendas forçadas em momentos de baixa.
Conclusão: diversificação e revisão periódica
Os ETFs de prata são ferramentas eficazes para participar do mercado de metais preciosos, oferecendo liquidez, facilidade de negociação e acessibilidade. Contudo, diferentes produtos apresentam variações em taxas, precisão de rastreamento e características de alavancagem.
Recomenda-se que investidores:
Escolham de acordo com seu perfil de risco (conservadores optem por SLV, mais agressivos considerem AGQ ou ETFs de mineração)
Diversifiquem suas posições para evitar concentração excessiva
Revisem periodicamente suas posições e o mercado
Avaliem sua capacidade de cobertura de juros, mantendo liquidez suficiente
Fiquem atentos aos custos fiscais e riscos cambiais
Num cenário de forte tendência de alta da prata, mas com maior volatilidade, uma avaliação racional dos riscos e a escolha de instrumentos adequados ao perfil de cada um são essenciais para uma estratégia de investimento segura.
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O valor das ações do banco branco atinge novo recorde histórico. Como os investidores individuais de Taiwan podem usar ETFs para diversificar?
O preço da prata está a atravessar uma onda de valorização histórica. Beneficiando das expectativas de redução de taxas pelo Federal Reserve, das tensões na cadeia de abastecimento global e da inclusão oficial da prata na lista de minerais críticos dos EUA, a prata à vista em Londres ultrapassou a barreira psicológica de 60 dólares por onça em 09/12/2025, atingindo consecutivamente novos máximos até 64,6 dólares/onça. Desde o início do ano, a valorização da prata já ultrapassou 100%, superando amplamente o ouro (cerca de 40%) e o índice Nasdaq (cerca de 20%).
O UBS elevou ainda a sua previsão para 2026 para entre 58-60 dólares por onça, indicando a possibilidade de atingir 65 dólares/onça. Nesta onda de valorização, os ETFs de prata tornaram-se a ferramenta preferida de muitos investidores individuais em Taiwan, oferecendo uma entrada mais acessível e uma operação mais conveniente em comparação com a compra de barras físicas ou a participação em contratos futuros.
O que são ETFs de prata? Por que são adequados para investidores iniciantes?
Os ETFs de prata são, essencialmente, fundos de investimento que acompanham o preço da prata, permitindo aos investidores participarem das oscilações de preço sem possuir fisicamente a prata. Como ações, os ETFs de prata são negociados em bolsas de valores, com alta liquidez, podendo ser comprados e vendidos a qualquer momento.
Em comparação com a prata física, a maior vantagem dos ETFs é a “ausência de custos de armazenamento”. A prata física exige pagamento de taxas anuais de 1-5% por armazenamento em cofres ou armazéns, além de riscos de roubo, dano ou oxidação. Além disso, a diferença entre preço de compra e venda pode chegar a 5-6%, e o processo de negociação é mais trabalhoso. Por outro lado, os ETFs de prata são negociados através de contas de corretora, com custos transparentes, maior liquidez e são especialmente indicados para investidores com capital limitado ou que desejam evitar encargos de gestão.
Como funcionam os ETFs
Os ETFs de prata acompanham o desempenho do preço da prata, geralmente por duas formas: possuindo barras físicas de prata ou investindo em instrumentos derivados ligados ao preço da prata, como contratos futuros. Quando o preço da prata sobe 5%, o valor líquido do ETF teoricamente também sobe cerca de 5%; o mesmo ocorre na direção oposta. Essa relação direta faz com que os ganhos e perdas do investidor dependam totalmente da tendência do preço da prata.
Análise dos principais produtos de ETFs de prata
Os investidores taiwaneses costumam acessar cerca de 7 ETFs de prata, cada um com suas características:
Produtos que acompanham a prata física
SLV (iShares Silver Trust) é o maior ETF de prata do mundo, lançado em 2006, gerido pela BlackRock, com ativos líquidos superiores a 30 bilhões de dólares. O fundo possui prata física guardada pelo JPMorgan Chase, é de gestão passiva, com taxa de 0,50%. Segue o preço de referência da LBMA (London Bullion Market Association), tendo a maior correlação com o preço à vista, sendo ideal para investidores de longo prazo.
PSLV (Sprott Physical Silver Trust) é um fundo fechado de aproximadamente 12 bilhões de dólares, com a vantagem de permitir resgate físico (retirar a prata física). Sua taxa é de 0,62%. Contudo, deve-se ficar atento ao fato de que o preço de negociação muitas vezes se desvia do valor patrimonial devido à oferta e procura, formando prêmios ou descontos, com maior volatilidade de curto prazo.
Produtos baseados em contratos futuros
DBS (Invesco DB Silver Fund) acompanha contratos futuros de prata no COMEX, com taxa de 0,75%, indicado para investidores que desejam seguir com precisão a tendência dos futuros.
AGQ (ProShares Ultra Silver) oferece alavancagem de 2x, buscando dobrar os movimentos diários do preço da prata, com taxa de 0,95%. Deve-se tomar cuidado com o desgaste de juros compostos, sendo apenas para operações de curto prazo, não recomendável para manutenção de longo prazo.
ZSL (ProShares UltraShort Silver) oferece alavancagem inversa de -2x, adequada para quem aposta na queda da prata ou deseja fazer hedge de risco, com taxa de 0,95%, também limitada a operações de curto prazo.
Produtos relacionados à mineração
SLVP (iShares MSCI Global Silver and Metals Miners) investe em empresas globais de mineração de prata, acompanhando o MSCI Global Silver Miners Index, com taxa de 0,39%, considerada baixa na indústria. Em 2025, esse tipo de ETF de mineração valorizou 142%, muito acima do aumento de 103% do preço à vista da prata, demonstrando efeito de alavancagem. Contudo, apresenta maior volatilidade, sendo influenciado não só pelo preço da prata, mas também por riscos operacionais, custos, políticas e outros fatores ligados às empresas mineradoras.
Produtos listados em Taiwan
Futuros de prata do Taiwan Futures Exchange (00738U), criado em 2018, investe em contratos futuros de prata no COMEX, com preço de emissão de 20 TWD, seguindo o índice de retorno excedente de prata do Dow Jones, com taxa de 1%. Classificado como “alta volatilidade”, é indicado para investidores experientes.
Comparação entre prata física, ETF, futuros e ações de mineração: opções de investimento
Canais de compra e custos para investidores taiwaneses
Corretoras locais: seguras, mas com custos mais elevados
Através de corretoras domésticas (Fubon, Cathay, Yuanta, Mega, etc.) que executam ordens em corretoras estrangeiras.
Vantagens: reguladas pela FSC, interface em chinês, fundos permanecem em Taiwan, suporte fiscal, acessível para iniciantes
Desvantagens: taxas de corretagem mais altas, limitação de produtos negociáveis, velocidade de execução menor
Abrir conta em corretora estrangeira: custos menores, mas exige autogestão
Em plataformas como Interactive Brokers, Charles Schwab, etc.
Vantagens: taxas muito baixas (muitas isenções de comissão ou tarifas fixas), ampla gama de ativos, suporte a ferramentas avançadas
Desvantagens: interface em inglês, necessidade de gerenciar remessas internacionais e impostos (com retenção de 30% sobre dividendos de ações americanas), menor proteção legal para fundos transferidos ao exterior
Custos fiscais não podem ser ignorados
ETFs de prata listados em Taiwan (como 00738U): compra isenta de impostos, venda com imposto de 0,1%, custos mínimos.
ETFs de prata no exterior: lucros obtidos por investidores taiwaneses considerados renda no exterior, com isenção de imposto até 1 milhão de TWD anuais; acima disso, o valor total é incluído na base de cálculo do imposto de renda, com alíquota de 20% (após dedução de isenção de 7,5 milhões de TWD).
Riscos principais ao investir em ETFs de prata
1. Oscilações de preço da prata muito superiores às do ouro e do mercado de ações
Apesar de uma valorização de mais de 100% em 2025, historicamente, é comum quedas superiores a 50%, com perdas de curto prazo que podem ser assustadoras, causando pressão psicológica.
2. Desvios de rastreamento e erosão por taxas
ETFs baseados em contratos futuros podem apresentar retornos inferiores ao preço à vista devido aos custos de rollover. Os de prata física, com taxas de 0,4-0,5%, ainda assim, ao longo do tempo, podem corroer os retornos.
3. Riscos cambiais e geopolíticos
O preço da prata é influenciado por demanda industrial (energia solar, eletrônica), tensões geopolíticas, políticas monetárias, entre outros fatores imprevisíveis. ETFs no exterior requerem atenção à variação do câmbio USD/TWD.
4. Capacidade de cobertura de juros e gestão de portfólio
Investidores devem avaliar sua liquidez e endividamento (como o índice de cobertura de juros), garantindo que, após investir em ETFs de prata, ainda tenham recursos suficientes para despesas diárias e pagamento de dívidas, evitando vendas forçadas em momentos de baixa.
Conclusão: diversificação e revisão periódica
Os ETFs de prata são ferramentas eficazes para participar do mercado de metais preciosos, oferecendo liquidez, facilidade de negociação e acessibilidade. Contudo, diferentes produtos apresentam variações em taxas, precisão de rastreamento e características de alavancagem.
Recomenda-se que investidores:
Num cenário de forte tendência de alta da prata, mas com maior volatilidade, uma avaliação racional dos riscos e a escolha de instrumentos adequados ao perfil de cada um são essenciais para uma estratégia de investimento segura.