Primeiro, tentei verificar na cadeia esse tipo de dólar que afirma ter ativos reais como garantia. Fiquei um bom tempo encarando o navegador. Um rótulo mostrava o preço, outro mostrava o volume de circulação, e havia uma página com a etiqueta fully backed. Olhando para a tela, meus olhos ficaram cansados, mas no meu coração havia uma sensação de insegurança que não conseguia explicar — como se, mesmo tendo trancado a porta, ao sair ainda precisasse dar uma olhada na maçaneta para ficar tranquilo. Essa sensação, mais ou menos, é o problema que os ativos do mundo real (RWA) estão trazendo para o mercado atualmente.

A lógica dos RWA na verdade não é complicada. Transformar coisas do mundo real — ouro, títulos do governo, títulos corporativos — em tokens na cadeia, permitindo que eles circulem na blockchain. Parece uma boa ideia, e de fato a velocidade das transações melhorou. O problema é que, enquanto os tokens são transferidos na cadeia em questão de segundos, os ativos físicos por trás podem ainda estar tranquilamente guardados em algum cofre. Portanto, o verdadeiro ponto não é mais se dá para fazer a transação, mas se é possível realmente verificar se esses ativos existem de fato.

Muitos profissionais do setor, ao chegarem nesse ponto, ficam confusos — não por medo do risco de mercado, mas por dúvida de como verificar. Quando as pessoas ficam confusas, é fácil tomar uma decisão impulsiva.

Exatamente por essa zona cinzenta de informações ambíguas, surgem novas oportunidades. A Falcon Finance nasceu nesse ambiente. Sua ideia de projeto é permitir que os usuários usem diversos ativos como garantia para emitir stablecoins…