Recentemente, o preço do ouro ultrapassou a barreira de 4500 dólares, e por trás desta subida há uma história interessante de economia política.

Com as eleições nos EUA de 2026 se aproximando, o mercado está apostando numa possível retomada de uma política de liquidez agressiva. Diz-se que Hasset pode liderar a corrida pela nomeação presidencial, enquanto Trump já estabeleceu uma linha vermelha — sem uma promessa de redução de taxas, ele não pretende assumir o cargo. Essa expectativa impulsionou diretamente dois tipos de ativos: ouro e Bitcoin.

A lógica por trás é bastante clara. Ouro e BTC, essencialmente, estão ambos protegendo contra o mesmo risco — a desvalorização do crédito do dólar. Quando o mercado espera que o Federal Reserve seja forçado por pressões políticas a injetar mais liquidez, ativos tradicionais de refúgio e ativos de criptomoeda tendem a valorizar-se simultaneamente. É um pouco como o jogo dos bancos centrais durante o Acordo do Plaza, só que desta vez com mais participantes, incluindo a comunidade de criptomoedas.

Curiosamente, nesta rodada de expectativas, algumas comunidades de moedas de privacidade com alto consenso (como o ecossistema ZEC e seus projetos derivados) começaram a se tornar novos refúgios de capital. Em comparação com moedas que apenas especulam, essas comunidades, por possuírem uma necessidade real de privacidade, tendem a ser mais resistentes à queda em ambientes de liquidez excessiva.

O desempenho do BTC é o mais direto — como a maior criptomoeda, sua trajetória está cada vez mais sincronizada com a do ouro, indicando que investidores institucionais já as consideram dentro do mesmo quadro de proteção. Quem quer lucrar, precisa entender essa lógica.