11 de novembro, horário da costa leste dos EUA, os dados do ETF foram divulgados, e esta operação foi bastante agressiva — o ETF de Bitcoin à vista evaporou 556 milhões de dólares num único dia, já sendo o quinto dia consecutivo de sangria. Em cinco dias, a fuga de capitais ultrapassou diretamente os 1,3 mil milhões de dólares.

Vejamos as ações específicas dos players: a Fidelity retirou 357 milhões de dólares do FBTC num só dia, representando mais de 60% do total de saída, sendo o segundo dia mais difícil desde o seu lançamento (o mais difícil foi numa data de agosto com 410 milhões). A ARK, em parceria com a 21Shares, também não ficou parada, retirando 128 milhões de dólares. Juntas, estas duas acumularam 85% do volume total de saída.

Por que isto acontece? É preciso analisar sob dois ângulos. Na semana passada, o chefe do Federal Reserve, Powell, mudou de tom após a reunião do FOMC, sugerindo que o corte de juros em dezembro pode estar em dúvida, e a expectativa de "continuação do afrouxamento" foi imediatamente desfeita. Por outro lado, o governo dos EUA está em shutdown há já 36 dias, atingindo o recorde de paralisação mais longa da história. A crise orçamental impede a divulgação de dados económicos, e os investidores, num cenário de total falta de informação, naturalmente optam por retirar os seus fundos primeiro.