Fenómeno interessante: quando o dólar valoriza-se, mais de 50 países ao redor do mundo têm as suas moedas “apanhadas”. Vamos dar uma olhada no que realmente está a acontecer.
Lista negra das desvalorizações mais severas
O bolívar venezuelano caiu para uma taxa de 4 milhões:1 em relação ao dólar, enquanto o rial iraniano está aproximadamente em 514 mil:1. Isto não é apenas uma questão de câmbio, por trás há uma combinação de inflação descontrolada, escassez de divisas e sanções económicas.
Curiosamente, nesta lista encontramos tanto países com crises económicas de longa data, como Venezuela, Irã e Síria, quanto economias emergentes mais recentes, como Vietname, Indonésia e Filipinas, também afetadas pela valorização do dólar.
Por que tantos países estão a “perder terreno” ao mesmo tempo?
As razões principais são três:
1. Ciclo de aumento de juros do Federal Reserve
A valorização do dólar é uma consequência. Em 2024, a política do Fed mantém taxas elevadas, atraindo capital global de volta aos EUA, enquanto os mercados emergentes sofrem com a saída de fundos.
2. Inflação descontrolada localmente
Países como Venezuela, Irã e Síria enfrentam uma inflação galopante. A desvalorização do dinheiro é tão rápida que a moeda perde valor mais rápido que papel.
3. Escassez de reservas cambiais
Muitos países na África e Sudeste Asiático, embora tenham economias relativamente estáveis, possuem reservas cambiais insuficientes para sustentar o valor da moeda local.
O que isto significa para nós?
Para os habitantes locais: salários em moeda local, mas a compra de petróleo e alimentos é feita em dólares, tornando a vida difícil. Na Venezuela, um salário médio mensal equivale a apenas algumas dezenas de dólares.
Para o mercado global: os ativos desses países podem parecer baratos, mas o risco é elevado. A dificuldade nas transações comerciais aumenta, e os obstáculos ao investimento transfronteiriço crescem.
Para o mercado de criptomoedas: há uma procura muito grande por stablecoins nesses países. Venezuela e Argentina, por exemplo, já são mercados ativos de USDT.
Quem está mais em risco?
Observando o ranking, há duas categorias de países que caíram na armadilha da desvalorização:
Países com risco político: Venezuela, Irã, Síria, Coreia do Norte (sanções e colapsos de crédito interno)
Emergentes passivos: Vietname, Indonésia, Filipinas, Paquistão (economias relativamente estáveis, mas prejudicadas pela valorização do dólar)
Os primeiros enfrentam crises sistêmicas, enquanto os segundos podem estar numa fase de ajuste cíclico.
Dados de destaque
Na Ásia Sudeste, a maioria dos países apresenta taxas de câmbio entre 1:10.000 e 1:25.000 (por exemplo, 50 RMB em Vietname equivalem a 1 dólar, a rupia indonésia também). Na África e América do Sul, há variações, mas o padrão comum é a erosão provocada pela valorização do dólar.
Interessante notar que países insulares e países continentais estão a desvalorizar-se juntos. A localização não é o fator decisivo; o que importa é se o modelo económico consegue resistir a choques externos.
Conclusão: esta lista reflete o estado atual da diferenciação de liquidez global em 2024. Em um ciclo de dólar forte, esses 50 países terão vidas mais difíceis. No entanto, a longo prazo, uma mudança na política do Fed pode abrir espaço para uma recuperação nos mercados emergentes.
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🌍 Mapa da desvalorização global das moedas em 2024: o dinheiro destes 50 países está a "encolher-se"
Fenómeno interessante: quando o dólar valoriza-se, mais de 50 países ao redor do mundo têm as suas moedas “apanhadas”. Vamos dar uma olhada no que realmente está a acontecer.
Lista negra das desvalorizações mais severas
O bolívar venezuelano caiu para uma taxa de 4 milhões:1 em relação ao dólar, enquanto o rial iraniano está aproximadamente em 514 mil:1. Isto não é apenas uma questão de câmbio, por trás há uma combinação de inflação descontrolada, escassez de divisas e sanções económicas.
Curiosamente, nesta lista encontramos tanto países com crises económicas de longa data, como Venezuela, Irã e Síria, quanto economias emergentes mais recentes, como Vietname, Indonésia e Filipinas, também afetadas pela valorização do dólar.
Por que tantos países estão a “perder terreno” ao mesmo tempo?
As razões principais são três:
1. Ciclo de aumento de juros do Federal Reserve
A valorização do dólar é uma consequência. Em 2024, a política do Fed mantém taxas elevadas, atraindo capital global de volta aos EUA, enquanto os mercados emergentes sofrem com a saída de fundos.
2. Inflação descontrolada localmente
Países como Venezuela, Irã e Síria enfrentam uma inflação galopante. A desvalorização do dinheiro é tão rápida que a moeda perde valor mais rápido que papel.
3. Escassez de reservas cambiais
Muitos países na África e Sudeste Asiático, embora tenham economias relativamente estáveis, possuem reservas cambiais insuficientes para sustentar o valor da moeda local.
O que isto significa para nós?
Para os habitantes locais: salários em moeda local, mas a compra de petróleo e alimentos é feita em dólares, tornando a vida difícil. Na Venezuela, um salário médio mensal equivale a apenas algumas dezenas de dólares.
Para o mercado global: os ativos desses países podem parecer baratos, mas o risco é elevado. A dificuldade nas transações comerciais aumenta, e os obstáculos ao investimento transfronteiriço crescem.
Para o mercado de criptomoedas: há uma procura muito grande por stablecoins nesses países. Venezuela e Argentina, por exemplo, já são mercados ativos de USDT.
Quem está mais em risco?
Observando o ranking, há duas categorias de países que caíram na armadilha da desvalorização:
Os primeiros enfrentam crises sistêmicas, enquanto os segundos podem estar numa fase de ajuste cíclico.
Dados de destaque
Na Ásia Sudeste, a maioria dos países apresenta taxas de câmbio entre 1:10.000 e 1:25.000 (por exemplo, 50 RMB em Vietname equivalem a 1 dólar, a rupia indonésia também). Na África e América do Sul, há variações, mas o padrão comum é a erosão provocada pela valorização do dólar.
Interessante notar que países insulares e países continentais estão a desvalorizar-se juntos. A localização não é o fator decisivo; o que importa é se o modelo económico consegue resistir a choques externos.
Conclusão: esta lista reflete o estado atual da diferenciação de liquidez global em 2024. Em um ciclo de dólar forte, esses 50 países terão vidas mais difíceis. No entanto, a longo prazo, uma mudança na política do Fed pode abrir espaço para uma recuperação nos mercados emergentes.