Na verdade, existe um padrão bastante óbvio na forma como a China regula o setor das criptomoedas, como se fosse uma limpeza cíclica, sempre seguindo o mesmo guião:

Sai a notícia, toda a gente entra em pânico, há quedas abruptas, depois o capital estrangeiro entra para comprar na baixa, o preço recupera e até sobe ainda mais.

Em 2013, o Banco Central disse que as instituições financeiras não podiam tocar em $BTC , o preço das moedas caiu de 1100 dólares para 500, uma queda para metade.
Quando todos pensavam "acabou, foi banido pela grande potência", dois meses depois estabilizou e recuperou.

Em 2017 foi ainda mais agressivo, baniram diretamente as ICOs, a Binance, a Huobi e outras foram expulsas.
O BTC caiu de 5000 para 3000, uma queda de 40%, mas três meses depois subiu para um novo máximo histórico de 20 mil dólares.
A Binance, depois de ser expulsa, tornou-se líder mundial, o que é bastante irónico.

Em 2021, o impacto foi ainda maior, baniram totalmente a mineração e as transações, o BTC caiu de 65000 para 29000, uma queda para metade.
O poder de computação em toda a rede caiu 40%, as máquinas de mineração foram vendidas ao desbarato, muitos pensaram que o Bitcoin estava acabado.
No entanto, os EUA, o Cazaquistão e outros países absorveram esse poder de computação, e três meses depois o BTC atingiu um novo máximo de 69000.

Agora em 2024, a China continua a enfatizar que as moedas virtuais são ilegais, mas o mercado já não liga muito.
O controlo está totalmente do lado americano, com o suporte dos ETFs, e a influência das políticas chinesas já não é o que era.

Na verdade, é sempre a mesma lógica: pânico e quedas no curto prazo, eliminação de bolhas e desalavancagem no médio prazo, transferência do controlo para jurisdições com regulação mais clara no longo prazo, e no fim o preço fica ainda mais forte.
É como um check-up regular: apesar de o processo ser desconfortável, o resultado é acabar mais saudável.