"Esta vez, definitivamente foi o fundo!" Eu disse, rangendo os dentes.

Quando o preço chegou a 0.45, eu entrei. A 0.40, convenci a mim mesmo de que era uma armadilha de ouro, e continuei a comprar. Quando apareceu a 0.30, achei que o mercado tinha enlouquecido, e fui direto para o All in. Quando chegou a 0.20, a perda não realizada já me impedia de dormir bem à noite, mas olhando para aqueles números, minha mão ainda assim não resistiu e pressionou novamente o botão de compra.

Depois veio a 0.148. Os números na tela nunca mais se moveram desde então.

A conta parecia um funil furado, o dinheiro continuava a escorrer, eu continuava a completar, até ficar completamente vazia. Olhando para aquele gráfico de velas, não era uma oportunidade, mas uma mão invisível que, pouco a pouco, tirava todas as minhas fichas do meu bolso.

A lição mais cara chama-se "Achei que era o fundo".

Todos nós caímos nessa armadilha: ao ver nossos ativos evaporarem, ficamos repetidamente a nos autoenganar: "Só mais uma rodada de aporte e vou recuperar o custo", mas quanto mais investimos, mais fundo ficamos. Por trás disso, na verdade, há um tipo de pânico — usar investimentos contínuos para suprimir o medo de uma decisão errada.

Mas a realidade é cruel: na onda de pura especulação, não existe essa história de custo médio, só risco acumulado. Uma vez que a tendência se forma, qualquer "recarregar de fé" contra a tendência só serve para alimentar ainda mais a queda.

Isso levanta uma questão mais profunda: se, na nossa alocação de ativos, há partes que não precisamos adivinhar "onde é o fundo", cujo valor é sempre claro, estável e certo, nossas decisões poderiam ser mais calmas, nossa mentalidade mais tranquila?