Os que conseguem ganhar dinheiro no mundo das criptomoedas geralmente não são aqueles que fazem as apostas mais agressivas.
Ainda me lembro claramente daquela noite de há três anos. Na tela do telemóvel aparecia 1200U, que era tudo o que me restava após ter liquidado três posições de uma só vez. Os seis meses de despesas de vida tinham desaparecido na busca pelos chamados "tokens de conceito", naquela altura eu nem pensava que teria uma oportunidade de virar o jogo. Não conseguia comer miojo, só tinha arrepios na cabeça.
Naquela altura, eu era um típico "apostador de uma só mão". Depois de entrar no mundo das criptomoedas, passava os dias a vaguear por vários grupos, ouvindo rumores. Sempre que ouvia que uma moeda "no final do mês iria duplicar", entrava de cabeça, sem pensar nos riscos. Quando o mercado fazia uma correção, via a minha conta encolher sem poder fazer nada. A pior foi uma vez, em que liquidei posições três vezes num só dia.
Só mais tarde percebi que o mais assustador no mercado não é a queda, mas as próprias emoções. Quando se ganha dinheiro, fica-se ganancioso; quando se perde, grita-se para vender — a maioria dos investidores é presa por essa corrente invisível das emoções.
O ponto de viragem veio de forma súbita e simples. Parei de seguir a maré, deixei de acreditar em boatos, e até comecei a evitar olhar para as velas à meia-noite. Em vez disso, adotei três palavras: controlar a posição.
Antes de cada operação, perguntava a mim mesmo quanto do meu capital ela representava. Estabelecia limites de perda, sem nunca ser ganancioso. Sempre deixava uma reserva de fundos, assim, quando o mercado se revertesse, tinha munições para reforçar a posição. Um mês, dois meses, três meses — a conta crescia de forma constante. Não tinha a sensação de ficar rico rapidamente, mas também não tinha o medo de uma liquidação.
Na última sábado, ao abrir o software de trading, o saldo mostrava 21800.56U. Sem sorte, sem truques, apenas com uma gestão rigorosa de posições, consegui passar do desespero para a recuperação.
Nestes três anos, ouvi muitas histórias do mundo das criptomoedas. Algumas pessoas, por lucros enormes, ficaram confiantes demais e acabaram sendo derrubadas por um flash crash. Outras, com medo de perder a oportunidade, entraram e saíram de posições de forma impulsiva, e acabaram por perder tudo antes do amanhecer. Quem realmente sobrevive e vive bem são aqueles que estão dispostos a abandonar a agressividade e abraçar a estabilidade.
Controlar a posição pode parecer entediante, sem a emoção de multiplicar por dez o capital. Mas garante que, neste mercado turbulento, uma decisão errada não te tire do jogo. Gestão de risco nunca foi para ganhar o máximo, mas para garantir que se mantém vivo no jogo.
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Os que conseguem ganhar dinheiro no mundo das criptomoedas geralmente não são aqueles que fazem as apostas mais agressivas.
Ainda me lembro claramente daquela noite de há três anos. Na tela do telemóvel aparecia 1200U, que era tudo o que me restava após ter liquidado três posições de uma só vez. Os seis meses de despesas de vida tinham desaparecido na busca pelos chamados "tokens de conceito", naquela altura eu nem pensava que teria uma oportunidade de virar o jogo. Não conseguia comer miojo, só tinha arrepios na cabeça.
Naquela altura, eu era um típico "apostador de uma só mão". Depois de entrar no mundo das criptomoedas, passava os dias a vaguear por vários grupos, ouvindo rumores. Sempre que ouvia que uma moeda "no final do mês iria duplicar", entrava de cabeça, sem pensar nos riscos. Quando o mercado fazia uma correção, via a minha conta encolher sem poder fazer nada. A pior foi uma vez, em que liquidei posições três vezes num só dia.
Só mais tarde percebi que o mais assustador no mercado não é a queda, mas as próprias emoções. Quando se ganha dinheiro, fica-se ganancioso; quando se perde, grita-se para vender — a maioria dos investidores é presa por essa corrente invisível das emoções.
O ponto de viragem veio de forma súbita e simples. Parei de seguir a maré, deixei de acreditar em boatos, e até comecei a evitar olhar para as velas à meia-noite. Em vez disso, adotei três palavras: controlar a posição.
Antes de cada operação, perguntava a mim mesmo quanto do meu capital ela representava. Estabelecia limites de perda, sem nunca ser ganancioso. Sempre deixava uma reserva de fundos, assim, quando o mercado se revertesse, tinha munições para reforçar a posição. Um mês, dois meses, três meses — a conta crescia de forma constante. Não tinha a sensação de ficar rico rapidamente, mas também não tinha o medo de uma liquidação.
Na última sábado, ao abrir o software de trading, o saldo mostrava 21800.56U. Sem sorte, sem truques, apenas com uma gestão rigorosa de posições, consegui passar do desespero para a recuperação.
Nestes três anos, ouvi muitas histórias do mundo das criptomoedas. Algumas pessoas, por lucros enormes, ficaram confiantes demais e acabaram sendo derrubadas por um flash crash. Outras, com medo de perder a oportunidade, entraram e saíram de posições de forma impulsiva, e acabaram por perder tudo antes do amanhecer. Quem realmente sobrevive e vive bem são aqueles que estão dispostos a abandonar a agressividade e abraçar a estabilidade.
Controlar a posição pode parecer entediante, sem a emoção de multiplicar por dez o capital. Mas garante que, neste mercado turbulento, uma decisão errada não te tire do jogo. Gestão de risco nunca foi para ganhar o máximo, mas para garantir que se mantém vivo no jogo.