O Presidente dos EUA, Trump, afirmou que está a entrevistar 4 candidatos à presidência do Federal Reserve e espera decidir em breve quem nomear para substituir Powell. Trump elogiou especialmente o diretor do Fed, Waller, e o vice-presidente responsável pela supervisão, Bowman. Na semana passada, Trump sugeriu que o Conselho de Economia Nacional, liderado por Kevin Hassett, e o ex-diretor do Fed, Kevin Warsh, são os principais candidatos, considerando ambos excelentes. Trump pediu uma redução significativa das taxas de juro, afirmando que as taxas deveriam cair para 1%.
Sinal político de elogios especiais a Waller e Bowman
A homenagem pública de Trump a Waller e Bowman na quinta-feira, 18 de dezembro, enviou sinais políticos importantes. Waller é diretor do Fed, tendo sido chefe do departamento de pesquisa do Fed de St. Louis, com vasta experiência em teoria e prática de política monetária. Trump afirmou que se reuniu novamente com ambos na quarta-feira, elogiando Waller como “excelente” e “com muita experiência”, indicando que Waller já entrou na lista final de candidatos.
Waller é considerado uma voz moderada dentro do Fed. Na última decisão de taxa de juros, apoiou uma redução de 25 pontos base, e em discursos recentes afirmou que a redução de juros teve um impacto positivo no mercado de trabalho, com as taxas atuais acima do nível neutro em 50 a 100 pontos base. Essa posição está alinhada com o desejo de Trump de “reduzir as taxas de forma agressiva”, o que pode explicar o seu favoritismo.
Bowman é vice-presidente responsável pela supervisão do Fed, nomeada durante o primeiro mandato de Trump. Recentemente, liderou a reversão da política de restrição às atividades de criptomoedas dos bancos em 2023, abrindo caminho para empresas de stablecoins como Circle e Tether manterem reservas diretamente no Fed. Essa postura regulatória pró-criptomoeda encaixa-se perfeitamente na política do governo Trump.
Trump elogiou Bowman, mas não confirmou se ela está na lista final de candidatos. Essa ambiguidade pode ser uma estratégia de negociação, mantendo várias opções para aumentar o poder de barganha. Se Bowman for nomeada, será a primeira mulher a presidir o Fed na história, um marco de simbolismo político.
Os três critérios principais de Trump para o presidente do Fed
Posição dovish: disposto a reduzir agressivamente as taxas, apoiando a proposta de Trump de “taxas de 1% ou até menos”
Pró-criptomoeda: favorável à participação de bancos no setor de criptomoedas, promovendo políticas de stablecoins e reservas de Bitcoin
Lealdade política: alinhado às políticas econômicas de Trump, que não se opõe ao governo na hora crucial
Esses critérios explicam por que Powell não é bem visto por Trump. Embora nomeado por Trump no primeiro mandato, Powell frequentemente entrou em conflito com as demandas de redução de taxas do presidente, defendendo a independência do Fed. Trump criticou Powell publicamente várias vezes, chegando a chamá-lo de “idiota”. Essa animosidade torna improvável uma recondução de Powell.
A competição entre os dois Kevins e as divergências de política
Na semana passada, Trump indicou numa entrevista ao Wall Street Journal que o chefe do Conselho de Economia Nacional, Kevin Hassett, e o ex-diretor do Fed, Kevin Warsh, são os principais candidatos ao cargo. “Acredito que ambos os Kevins são ótimos. Há outros também que são excelentes”, afirmou. Essa declaração mostra que Trump ainda não tomou uma decisão final, avaliando vários candidatos.
Kevin Hassett, atualmente chefe do Conselho de Economia Nacional, é uma peça central na equipe econômica de Trump. Disse este mês que a chamada “inflação fantasma” está distorcendo as decisões do Fed, e que a inflação real potencial é muito menor. Essa visão fornece uma base teórica para uma redução agressiva das taxas. Hassett tem a vantagem de manter uma relação próxima com Trump e alinhamento político, mas sua desvantagem é a falta de experiência interna no Fed.
Kevin Warsh, ex-membro do Fed (2006-2011), participou das decisões durante a crise financeira de 2008. Após deixar o Fed, tornou-se pesquisador visitante na Hoover Institution, de Stanford, e possui uma vasta rede de contatos na Wall Street. Em 2018, foi considerado um dos favoritos para a presidência do Fed, mas Trump acabou nomeando Powell. Warsh tem a vantagem de experiência e credibilidade no mercado, mas suas posições mais hawkish no passado podem não se encaixar na preferência de Trump por cortes de juros.
A competição entre os dois Kevins é, na essência, um equilíbrio entre “lealdade política” e “credibilidade de mercado”. Hassett é mais leal, mas menos experiente; Warsh é mais profissional, mas mais independente. A decisão final de Trump revelará qual dessas dimensões ele valoriza mais.
Proposta radical de redução de juros para 1% e o impacto no mercado
Trump, em entrevista ao Wall Street Journal, pediu uma redução agressiva das taxas, afirmando que elas deveriam “cair para 1%, ou até menos”. Essa é uma proposta extremamente ousada. O Fed já cortou a taxa básica para um intervalo de 3,5% a 3,75% neste mês, a terceira redução consecutiva. Reduzir de 3,5% para 1% significaria uma queda de 250 pontos base, ou seja, 10 cortes de 25 pontos base.
A lógica de Trump é diminuir o custo de hipotecas, estimular o mercado imobiliário e o consumo. No entanto, essa redução radical apresenta riscos múltiplos. Primeiro, o risco de uma reativação da inflação, caso as taxas fiquem muito baixas e a economia continue crescendo, podendo impulsionar a inflação. Segundo, o risco de bolhas de ativos, pois taxas extremamente baixas podem levar a uma enxurrada de capital na bolsa e no mercado imobiliário, formando novas bolhas. Terceiro, o risco à credibilidade do Fed, que, se for visto como submisso à pressão política, sua independência será questionada, prejudicando sua eficácia a longo prazo.
Na semana passada, três membros do Fed votaram contra a redução de juros, indicando divisões internas. O presidente do Fed de Kansas City, Jeff Schmid, e o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, defenderam manter as taxas, alegando que o risco de inflação ainda não foi totalmente eliminado. Por outro lado, o aliado de Trump, Stephen Miran, defendeu uma redução de 50 pontos base de uma só vez. Essas divisões internas mostram que qualquer que seja o nome indicado para a próxima presidência, enfrentará um ambiente político e econômico difícil.
Trump afirmou que ainda não decidiu se anunciará sua escolha até o final do ano, mas que divulgará “nas próximas semanas”. O mandato de Powell termina em maio de 2026, dando a Trump cerca de 5 meses para concluir a nomeação e a confirmação no Senado. Assim que o novo presidente assumir, enfrentará desafios múltiplos relacionados à inflação, emprego, estabilidade financeira e pressões políticas de Trump. Para o mercado de criptomoedas, uma nomeação de Bowman, com postura pró-criptomoeda, seria uma notícia positiva. Se Hassett for nomeado, sua inclinação para cortes agressivos de juros também beneficiaria ativos de risco. O mercado aguarda ansiosamente a decisão final de Trump.
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A luta pela presidência do Federal Reserve dos EUA! Trump entrevista 4 candidatos, "dois Kevin" tornam-se favoritos
O Presidente dos EUA, Trump, afirmou que está a entrevistar 4 candidatos à presidência do Federal Reserve e espera decidir em breve quem nomear para substituir Powell. Trump elogiou especialmente o diretor do Fed, Waller, e o vice-presidente responsável pela supervisão, Bowman. Na semana passada, Trump sugeriu que o Conselho de Economia Nacional, liderado por Kevin Hassett, e o ex-diretor do Fed, Kevin Warsh, são os principais candidatos, considerando ambos excelentes. Trump pediu uma redução significativa das taxas de juro, afirmando que as taxas deveriam cair para 1%.
Sinal político de elogios especiais a Waller e Bowman
A homenagem pública de Trump a Waller e Bowman na quinta-feira, 18 de dezembro, enviou sinais políticos importantes. Waller é diretor do Fed, tendo sido chefe do departamento de pesquisa do Fed de St. Louis, com vasta experiência em teoria e prática de política monetária. Trump afirmou que se reuniu novamente com ambos na quarta-feira, elogiando Waller como “excelente” e “com muita experiência”, indicando que Waller já entrou na lista final de candidatos.
Waller é considerado uma voz moderada dentro do Fed. Na última decisão de taxa de juros, apoiou uma redução de 25 pontos base, e em discursos recentes afirmou que a redução de juros teve um impacto positivo no mercado de trabalho, com as taxas atuais acima do nível neutro em 50 a 100 pontos base. Essa posição está alinhada com o desejo de Trump de “reduzir as taxas de forma agressiva”, o que pode explicar o seu favoritismo.
Bowman é vice-presidente responsável pela supervisão do Fed, nomeada durante o primeiro mandato de Trump. Recentemente, liderou a reversão da política de restrição às atividades de criptomoedas dos bancos em 2023, abrindo caminho para empresas de stablecoins como Circle e Tether manterem reservas diretamente no Fed. Essa postura regulatória pró-criptomoeda encaixa-se perfeitamente na política do governo Trump.
Trump elogiou Bowman, mas não confirmou se ela está na lista final de candidatos. Essa ambiguidade pode ser uma estratégia de negociação, mantendo várias opções para aumentar o poder de barganha. Se Bowman for nomeada, será a primeira mulher a presidir o Fed na história, um marco de simbolismo político.
Os três critérios principais de Trump para o presidente do Fed
Posição dovish: disposto a reduzir agressivamente as taxas, apoiando a proposta de Trump de “taxas de 1% ou até menos”
Pró-criptomoeda: favorável à participação de bancos no setor de criptomoedas, promovendo políticas de stablecoins e reservas de Bitcoin
Lealdade política: alinhado às políticas econômicas de Trump, que não se opõe ao governo na hora crucial
Esses critérios explicam por que Powell não é bem visto por Trump. Embora nomeado por Trump no primeiro mandato, Powell frequentemente entrou em conflito com as demandas de redução de taxas do presidente, defendendo a independência do Fed. Trump criticou Powell publicamente várias vezes, chegando a chamá-lo de “idiota”. Essa animosidade torna improvável uma recondução de Powell.
A competição entre os dois Kevins e as divergências de política
Na semana passada, Trump indicou numa entrevista ao Wall Street Journal que o chefe do Conselho de Economia Nacional, Kevin Hassett, e o ex-diretor do Fed, Kevin Warsh, são os principais candidatos ao cargo. “Acredito que ambos os Kevins são ótimos. Há outros também que são excelentes”, afirmou. Essa declaração mostra que Trump ainda não tomou uma decisão final, avaliando vários candidatos.
Kevin Hassett, atualmente chefe do Conselho de Economia Nacional, é uma peça central na equipe econômica de Trump. Disse este mês que a chamada “inflação fantasma” está distorcendo as decisões do Fed, e que a inflação real potencial é muito menor. Essa visão fornece uma base teórica para uma redução agressiva das taxas. Hassett tem a vantagem de manter uma relação próxima com Trump e alinhamento político, mas sua desvantagem é a falta de experiência interna no Fed.
Kevin Warsh, ex-membro do Fed (2006-2011), participou das decisões durante a crise financeira de 2008. Após deixar o Fed, tornou-se pesquisador visitante na Hoover Institution, de Stanford, e possui uma vasta rede de contatos na Wall Street. Em 2018, foi considerado um dos favoritos para a presidência do Fed, mas Trump acabou nomeando Powell. Warsh tem a vantagem de experiência e credibilidade no mercado, mas suas posições mais hawkish no passado podem não se encaixar na preferência de Trump por cortes de juros.
A competição entre os dois Kevins é, na essência, um equilíbrio entre “lealdade política” e “credibilidade de mercado”. Hassett é mais leal, mas menos experiente; Warsh é mais profissional, mas mais independente. A decisão final de Trump revelará qual dessas dimensões ele valoriza mais.
Proposta radical de redução de juros para 1% e o impacto no mercado
Trump, em entrevista ao Wall Street Journal, pediu uma redução agressiva das taxas, afirmando que elas deveriam “cair para 1%, ou até menos”. Essa é uma proposta extremamente ousada. O Fed já cortou a taxa básica para um intervalo de 3,5% a 3,75% neste mês, a terceira redução consecutiva. Reduzir de 3,5% para 1% significaria uma queda de 250 pontos base, ou seja, 10 cortes de 25 pontos base.
A lógica de Trump é diminuir o custo de hipotecas, estimular o mercado imobiliário e o consumo. No entanto, essa redução radical apresenta riscos múltiplos. Primeiro, o risco de uma reativação da inflação, caso as taxas fiquem muito baixas e a economia continue crescendo, podendo impulsionar a inflação. Segundo, o risco de bolhas de ativos, pois taxas extremamente baixas podem levar a uma enxurrada de capital na bolsa e no mercado imobiliário, formando novas bolhas. Terceiro, o risco à credibilidade do Fed, que, se for visto como submisso à pressão política, sua independência será questionada, prejudicando sua eficácia a longo prazo.
Na semana passada, três membros do Fed votaram contra a redução de juros, indicando divisões internas. O presidente do Fed de Kansas City, Jeff Schmid, e o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, defenderam manter as taxas, alegando que o risco de inflação ainda não foi totalmente eliminado. Por outro lado, o aliado de Trump, Stephen Miran, defendeu uma redução de 50 pontos base de uma só vez. Essas divisões internas mostram que qualquer que seja o nome indicado para a próxima presidência, enfrentará um ambiente político e econômico difícil.
Trump afirmou que ainda não decidiu se anunciará sua escolha até o final do ano, mas que divulgará “nas próximas semanas”. O mandato de Powell termina em maio de 2026, dando a Trump cerca de 5 meses para concluir a nomeação e a confirmação no Senado. Assim que o novo presidente assumir, enfrentará desafios múltiplos relacionados à inflação, emprego, estabilidade financeira e pressões políticas de Trump. Para o mercado de criptomoedas, uma nomeação de Bowman, com postura pró-criptomoeda, seria uma notícia positiva. Se Hassett for nomeado, sua inclinação para cortes agressivos de juros também beneficiaria ativos de risco. O mercado aguarda ansiosamente a decisão final de Trump.